Estou sem tempo para atualizar meu blog com novos posts, então resolvi resgatar alguns que resultaram de algumas divagações intimistas de anos passados. Bem, quem tiver paciência fique à vontade. Abraço, Sheila.
Bicicleta
Sinto novos ventos em meu rosto
Ares que nunca, antes, haviam tocado meus fios de cabelo.
Dos meus olhos busquei novas formas de enxergá-lo
E das pessoas novos prazeres sem promessas.
Na solidão infantil,
Por muito tempo busquei o não-vazio
E não sendo infantil
Olhei a mim mesma
E me descobri pela visão daquela que fui.
O vazio não me acompanhara apenas na infância
Ele estaria aqui para sempre
O desejo de não ter que tê-lo por companheiro
Fez-me sentir medo,
Fez-me abraçar vidas que acreditei eternas
Quase tão fugazes quanto o tempo que se leva
Para escrever a palavra: palavra.
Entendi.Abracei a mim mesma...
eu teria que não ter medo, simplesmente.
Perdi o medo de bicicleta.
Perdi o medo de ver meus fios caírem ao movimento da tesoura.
Perdi o medo de sorrir novamente.
Perdi o medo de escrever.
Tomei minha mão direita por companheira
E assim proporcionei, à pessoa que mais profunda sou,
Liberdade!
Na manhã de dois dias da semana, acordo, pego a bicicleta e me lanço na estranha e maravilhosa sensação de liberdade que me ausentei por medo.
Hoje, cerro meus olhos e não tenho pesadelos.
08/12/2005
quinta-feira, 20 de março de 2008
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